Casados durante 25 anos e separados há quase 20, os artistas transformam em cinema história vivida por eles no teatro, 20 anos atrás.

 

Quando ainda era casada com o ator Paulo Betti, Eliane Giardini dividiu com ele os palcos para atuar no espetáculo “A Fera na Selva”, baseado na obra homônima do escritor norte-americano, naturalizado britânico, Henry James. Mas o tempo passou, o casal acabou se separando depois de 25 anos de união, Eliane viu sua carreira decolar, mas ainda morava dentro dela toda a intensidade daquela história vivida por eles no teatro. E estava muito claro para ela o que precisava fazer: levar “A Fera na Selva” ao cinema.

E aí, depois de 20 anos, eles se reencontraram para dividirem agora sets de filmagem. Apesar da familiaridade com o texto, o projeto não deixa de ser um desafio e tanto para a dupla.  “No teatro, a palavra é essencial. No cinema, é a imagem. Estamos buscando imagens que valham por mil palavras. É um exercício e tanto”, conta Eliane.

O longa “A Fera na Selva”, uma coprodução entre as empresas Prole de Adão (RJ) e Batuta Filmes (SP), já está na reta final de captações. Basicamente, trata-se de uma história de amor incompreendida, já que o protagonista passa a vida esperando por algum acontecimento extraordinário, que justificará sua existência, sem conseguir enxergar os sinais e o poder avalassador de algo que poderia realmente ter transformado sua vida, mas que acabou ficando em segundo plano, como uma fera à espreita na selva.

Ou seja, a essência do filme toca numa questão vital, que geralmente tende a ser ignorada: o tempo presente. Foi o que não só brotou dentro de Eliane a paixão pela trama de Henry James, como também a fez levar toda a força dessa história para a sua própria vida.

“Quando li a novela há tantos anos, me identifiquei imediatamente com o personagem que espera por alguma coisa grandiosa em sua vida. Algo que o salve de si mesmo, de sua mediocridade. Foi um tapa na cara o final surpreendente, me lembro que me atingiu, alguma coisa se movimentou dentro de mim.  Não vou dizer que foi só a novela, mas muita coisa em minha vida mudou a partir desse insight. De viver o presente, o agora”, revela.

O longa-metragem “A Fera na Selva” é também especial para Eliane em outros aspectos. Ela está tendo a oportunidade de voltar a atuar com Paulo Betti, mostrando ser possível manter uma relação saudável entre ex-marido e mulher, e ainda de trabalhar em locais que fizeram parte da história de vida de ambos.  O filme está sendo rodado nas cidades de Sorocaba, interior paulista, onde Paulo e Eliane cresceram, e também em Salto, Votorantim e Iperó.

“Tudo isso faz um sentido muito grande. Estar no lugar onde nasci, na casa da minha mãe, revisitando lugares tão especiais afetivamente falando, estar com Paulo que, sem dúvida, é um grande companheiro de jornada, afinal, nos conhecemos aqui, casamos, descasamos e a dupla segue pela vida trabalhando, trocando ideias, aprendendo juntos”, diz Eliane, deixando claro que o casamento pode até ter um fim, mas não o amor e o respeito entre duas pessoas. “É uma reafirmação de que nosso encontro há 45 anos é pra vida toda. Sempre se reconfigurando, mudando, mas o afeto é maior que todos os arranjos”, garante.

 

Vanessa Olivier

Assessoria de Imprensa

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